sexta-feira, 23 de maio de 2008

Distante de Casa

Não posso negar que amo Brasília.
Não posso negar essa dura verdade.
Difícil deixar colossais maravilhas.
Difícil tentar dominar a saudade.

Lembrei da infância que em ti foi vivida.
Pois hoje, de tudo, eu vivo distante.
A mente se agita, inquieta, esquecida
Olhando pras fotos que gritam na estante.

Não posso negar que amo Brasília.
Não posso negar essa dura verdade.
Os amigos daqui nunca vão entender
O amor ao concreto e o meu jeito de ser.

Deixei emoções, esperança, alegria,
Deixei os meus pais, meus irmãos, minha tia!
Agora não posso querer reviver;
Trazer para perto o que devo esquecer.

Não posso negar que amo Brasília.
Não posso negar essa dura verdade.
Quando eu explico que é boa a secura
Ninguém me entende, dizendo: "-É loucura!"

A minha cidade tem céu sempre azul
em grande contraste ao Rio Grande do Sul
E quando me lembro da SQN
A lágrima desce, sozinha, perene.

Não posso negar que amo Brasília.
Não posso negar essa dura verdade.
Difícil esquecer minha doce família.
Difícil dizer: "-Eu não sinto saudade!"

Eis que saudade é palavra mui forte.
Que torna, impiedoso, o tempo em vilão.
Mas vivo traquilo, apesar de distante,
Pois vivo em Brasília no meu coração!

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